O mundo
corporativo está, a todo o momento, se transformando e como conseqüência
mudando a forma de os líderes gerirem suas equipes.
Na busca de
conteúdos interessantes sobre este assunto, encontramos a
Revista VOCÊ S/A de dezembro de 2012, cuja reportagem de capa é “O chefe em crise”, o que nos despertou muita curiosidade e
interesse diante das grandes demandas das organizações por respostas às suas
lideranças. O tema desperta muitas questões, dúvidas e contradições de visão.
Merece reflexão...
A partir das
questões despertadas na leitura do texto, resolvemos fazer algumas conexões que
permitam a você uma leitura dinâmica dos principais pontos do artigo. Desejamos
que a jornada seja agradável e desperte em você o interesse em continuar se
desenvolvendo no caminho do autoconhecimento e da heteropercepção.
Liderar nunca foi tão difícil: Com a
nova dinâmica dos mercados interno e externo, suas mudanças cada vez mais
rápidas e interdependentes, e o perfil dos colaboradores mais informados e
críticos, faz com que seja colocada em xeque constantemente a forma de
liderança dos gestores, que têm que se adaptar e ter “jogo de cintura” para
lidar com essas adversidades e ao mesmo tempo ter bons resultados.
Empoderamento das equipes: A
aproximação do nível de poder de decisão dos subordinados ao do gestor faz com
que o líder tenha que tomar decisões mais coerentes, pois os subordinados estão
cada vez mais bem formados e informados, por isso o modelo de comando e controle não tem eficácia nos
dias atuais, já que o poder do time sobrepõe uma figura centralizadora de
tomada de decisões e já não aceita mais este tipo de liderança, principalmente
os jovens, que exigem que seus líderes exerçam o papel de facilitadores e que
abram caminho para carreiras e oportunidades.
O poder das redes sociais: As mídias
sociais são hoje um dos principais meios de comunicação entre as pessoas, que
no passado não muito distante, se encontravam nas praças públicas para
conversar, e que hoje se utilizam destas “praças virtuais” para trocarem
informações, bater um papo, se divertir e se relacionar. As trocas de informações nestas mídias são
constantes, onde existem canais, redes sociais e sites específicos para o mundo
colaborativo. Isso faz com que a busca por oportunidades profissionais, sejam
mais fácil de aparecer, e que o
profissional crie independência, ou fique menos dependente de seu superior
hierárquico.
O chefe hoje é uma pessoa ansiosa e
angustiada: Isto acontece devido ao mercado volátil e a alta demanda por
respostas rápidas tanto do nível superior, quando inferior. Apesar de por
vezes, ter um salário mais protuberante e tornar a vida mais fácil, o líder tem
que lidar com a pressão por resultados, o que pode lhe causar patologias
derivadas destas exigências psicológicas.
Credibilidade e confiança: Devido às
pressões vindas de todos os lados, os chefes têm cada vez mais dificuldades de
administrar estas variáveis, o que reflete diretamente na relação de
credibilidade e confiança de seus subordinados, que com o passar dos anos estão
cada vez mais pondo em prova a capacidade de seus líderes e mais descrentes com
relação a sua gestão. Devido a pressão de metas cada vez mais audaciosas a
relação entre chefe e subordinado está mais delicada. É como se o gestor visse
no funcionário apenas um meio para conseguir seu bônus. Sob esse regime de
trabalho, em pouco tempo o funcionário fica desmotivado.
Perfil
do líder atual:
a) Uma nova
atitude – como as mudanças de cenários, as mudanças nas atitudes também
devem acontecer, para que o líder se mantenha ativo e produtivo.
b) Sem
maturidade – Pela alta demanda, fluxo de informações e mudanças constantes
as promoções estão sendo mais rápidas, o que propicia a falta de maturidade dos
líderes que não passaram por alguns estágios de maturação psicológica e
profissional. Por efeito, esta falta de maturidade do líder gera imaturidade
nas equipes.
c)
Falta
treino – pela falta de maturidade evidenciada anteriormente, também não
teve a oportunidade de utilizar corretamente ferramentas de gestão e
relacionamento com a equipe. Os programas de treinamento, em sua maioria são
fracos ou insuficientes, e não preparam o líder como necessário. Apesar do investimento das empresas, estes
treinamentos tem se mostrado ineficazes devido a sua metodologia ultrapassada e
não associada a técnicas de coaching e modelagem de comportamentos (individuais
e de grupos).
Conclusão:
A
transformação do líder é essencial para a manutenção dos resultados, das
relações humanas, na interação com a sociedade e no desenvolvimento de novos
caminhos. Mas não é apenas ele quem deve ser trabalhado e desenvolvido. As
relações são sistêmicas, interligadas e interdependentes, portanto o trabalho
dever ser feito com a equipe na sua totalidade, pois desenvolver o líder e
esquecer o resto é como plantar uma árvore produtiva em terreno árido. Além do
líder e sua equipe, a empresa precisa adaptar sua estrutura, tornar a gestão
mais participativa, diminuindo, ou até mesmo extinguindo as relações de
autoritarismo nas relações, tornando mais próximo a relação entre líder e
liderados.
A questão é:
Em que ponto estamos desta transição? Como estão as relações na sua empresas?
Qual o nível de preparo das equipes para as mudanças no cenário em que estão
inseridas?
Fica o convite
à reflexão! Onde sua organização se encontra hoje em relação a esse cenário? Quais
os desafios de sua Gestão de Pessoas hoje? Onde você deseja chegar amanhã?
Vamos juntos, afinal Juntos Somos Soluções!
Rodrigo Scodro Bonfim – Consultor
Time Addção Desenvolvimento de pessoas
A reportagem completa da Revista VOCÊ S/A, você encontra no
link: