Estávamos procurando um assunto esta semana para postar no Blog e encontramos uma reportagem muito interessante na Revista Você S/A de Novembro de 2013. Com o nome "A raiz da decepção" de Rafael Alcadipani, que evidencia como as pessoas são tratadas como meros recursos nas empresa, que tem como efeito a origem de grande parte das frustrações profissionais. Convidamos você a ler o trecho abaixo e refletir sobre o assunto. Boa leitura!
(...)
O trabalho é a principal atividade na sociedade contemporânea. Ele nos fornece o sustento material e a possibilidade de massagear o ego. A maioria de nós precisa estar bem no trabalho para estar bem na vida. Qual o motivo de termos tanta gente decepcionada com o trabalho no mundo corporativo? O problema começa quando nos damos conta de que dentro das empresas as pessoas são meros recursos. Como recursos estão lá para satisfazer o interesse do acionista, ou seja, a maximização do lucro.
Enganam-se os que procuram felicidade no trabalho. Isso é para poucos. Para a maioria, o trabalho é tedioso e constitui apenas um meio de vida. Desde o início, as preocupações em motivar funcionários existiram para fazer com que trabalhassem mais. Corporações só investem nas pessoas para ter lucro. Mas o discurso hoje é da empresa amiga das pessoas e do meio ambiente. Nada mais falacioso em uma contemporaneidade regida pela busca de mais e melhores resultados corporativos.
O modelo das corporações naturalizado historicamente é o da divisão das tarefas e da hierarquia. Nesse modelo, a autonomia sempre será limitada. Identificar-se com a empresa é muito difícil. Os anseios humanos sempre serão mais complexos do que os limitados objetivos corporativos. O problema central da nossa decepção com o trabalho é que esperamos algo que ele jamais vai conseguir oferecer nos moldes em que está estruturado hoje: Isso apenas seria possível em outro tipo de organização. Uma que colocasse a pessoa em primeiro lugar.
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