Muitas organizações
investem grandes recursos financeiros e de tempo em programas de treinamento,
desenvolvimento e consultorias, porém muitas vezes sem obter os resultados
esperados, tanto pela expectativa da empresa, quanto pela expectativa gerada
pelo próprio consultor ou consultoria.
Precisamos
inicialmente partir da compreensão que toda relação, independente de que tipo
seja (pessoal ou profissional), exige responsabilidade de ambas as partes
envolvidas, ou seja, a relação precisa ser estabelecida na ordem do 50/50.
Sempre em qualquer relação, pessoal ou profissional, 50% das ações realizadas
por uma das partes dependem dos outros 50% das ações/reações da outra parte.
Sendo assim não há resultado real se uma das partes não esteja alinhada aos
objetivos iniciais da relação. Por isso a importância do contrato de
convivência ou contrato de trabalho, conhecido também como contrato de
resultados. Neste contrato devem estar especificados acordos Profissionais,
Administrativos e Psicológicos, como os objetivos, metodologia,
responsabilidades, cronograma, aspectos legais e o que a empresa espera, ou
seja, suas expectativas. A este último deve-se dar muita atenção e realizar
alinhamento no momento do fechamento do contrato, visto que dever ficar bem claro
para ambos os resultados a serem alcançados e as responsabilidades de cada parte
para que estes se concretizem, condição essencial para o alcance do Resultado
Contratado!
Outro fator crítico
a ser considerado na contratação de uma consultoria é o fato de fazer projetos onde
necessitem reestruturação de processos, métodos e regras técnicas sem antes
preparar as equipes para tais mudanças. Preparação da ordem comportamental é
tão importante para o sucesso de qualquer reestruturação de processos como os
aspectos de natureza técnica. Não preparar as equipes para as mudanças pode
ocasionar sérios problemas como sabotagens, afastamentos por causa de problemas
de saúde, conflitos, falta de sinergia, retrabalho, rotatividade, etc. Os
resultados gerados correm o risco de não atender as expectativas acordadas
anteriormente, pois os 50% de responsabilidade da empresa fica comprometido,
mesmo que os 50% do consultor tenha sido excepcional.
Quando a organização
opta pelo desenvolvimento de suas equipes, considerando aspectos técnicos e
comportamentais, esta deve estar muito atenta e analisar bem a empresa ou
consultor a ser contratado, como por exemplo: Empresas onde atua/atuou,
estrutura do treinamento, formação dos consultores, cursos que realizou e
metodologia empregada.
A metodologia é fator essencial para os
resultados esperados pela empresa, sendo este o principal quesito para análise
da contratação, já que não adianta
formação, experiência e grandes nomes se a metodologia é ultrapassada ou não
permite o real desenvolvimento das pessoas e equipes envolvidas. Aspectos como ameaças
hierárquicas, sigilo e privacidade do grupo, disponibilidade ingênua para as
experiências, respeito e escuta ativa são fundamentais em uma jornada séria de
desenvolvimento humano. O profissional que trabalha com este tipo de projeto
tem que estar atualizado com as últimas pesquisas científicas, métodos e técnicas comportamentais e de desenvolvimento
de grupos, sempre trazendo de forma atrativa novos métodos de ensino e se
renovando, saindo do “quadrado” para surpreender e superar as expectativas. Além
disso, ele deve ter um “dom artístico”, pois a criatividade e a interação com o
público são primordiais para que consiga gerar o desenvolvimento da competência
desejada. Mas não adianta criatividade e interação se não houver conteúdo que
gere resultados, ou seja, não adianta uma dinâmica em grupo, por exemplo, que
seja divertida, onde todos dêem risadas e relaxem se não houver o processamento
da mensagem, estabelecendo conexões com o cotidiano organizacional e que
permita aprofundamento do conteúdo que se está trabalhando.
A principal
característica para quem trabalha com grupos é saber ouvir. Não apenas ouvir
deixando entrar por um lado e sair pelo outro, mas ouvir, processar e gerir a
mensagem que está sendo exposta pelo grupo, pois dali é que se descobrem muitas
situações que em reuniões formais não é evidenciado. Muitas vezes o grupo tem a
resposta para resolução de seus problemas, basta saber provocar isto neles e
fazer com que interajam e busquem as soluções, trazendo assim resultados
realmente surpreendentes.
Nesta jornada, se evidenciam alguns caminhos:
existem vários fatores que são interdependentes para que os resultados
contratados sejam atendidos ou até superem as expectativas na realização de um programa
de desenvolvimento humano e comportamental, e estes, sendo bem realizados, com
comprometimento de 100%, podem fazer toda a diferença na implementação de novos
processos e na mudança organizacional.
Que em 2014
tenhamos sucesso em nossos projetos e planos de melhoria e mudanças. Sejam de
ordem pessoal ou profissional, as mudanças são sempre oportunidades de ampliar nossos
horizontes. Welcome!
Rodrigo Scodro Bonfim
Administrador,
Consultor Organizacional, Facilitador. Pós-graduando em Dinâmica dos Grupos
pela SBDG. Gestor de Marketing e Consultor Parceiro pela Addção –
Desenvolvimento de Pessoas - consultoria focada em Coaching, Treinamento e
Desenvolvimento Comportamental de Equipes e Líderes, Diagnósticos
Organizacionais e Estruturação e Mentoring nos Subsistemas de RH e Comercial.
Moacir
César de Borba Júnior
Psicólogo, Consultor
Organizacional, Facilitador e Palestrante. Possui MBA em Recursos Humanos pelo
INPG e Pós-graduando em Dinâmica dos Grupos pela SBDG. Consultor parceiro da
Fundação Fritz Muller de Blumenau, Santa Catarina. Sócio Diretor da Addção
Desenvolvimento de Pessoas, consultoria focada em Coaching, Treinamento e Desenvolvimento
Comportamental de Equipes e Líderes, Diagnósticos Organizacionais e
Estruturação e Mentoring nos Subsistemas de RH e Comercial.
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