segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ComunicAÇÃO: Ações que geram Resultados!




Em todo início de curso de comunicação e oratória é assim: Eu vim aqui para aprender a falar em público. Eu preciso conseguir falar melhor quando estou na frente das pessoas. Pois é...
Na verdade nossa busca não deveria ser motivada pelo Falar e sim pelo Comunicar. Afinal, falar a grande maioria de nós fala desde os dois anos de idade e nem por isso conseguimos ser assertivos em nossas mensagens. Quanto engano acreditar que Comunicação tem apenas a ver com um dos seus aspectos: a palavra. 



Para compreendermos um pouco mais sobre o tema, precisamos primeiramente aceitar a ideia que o ser humano já existe nesse planeta há aproximadamente 200 mil anos, essa espécie conhecida como Homo sapiens sapiens (quer dizer, que sabe que sabe, porém as vezes parece que não sabe muito!) e que a palavra surgiu bem recentemente na história. Nosso cérebro foi programado muito melhor para perceber gestos, tons, timbres vocais, expressões faciais do que símbolos aleatórios e fonemas. A comunicação humana é uma experiência incrível que pode ser dar em um nível verbal e em um nível não-verbal, inconsciente, instintivo, profundo. Palavras passam apenas uma parte da mensagem. Outra parte vai muitas vezes sem perceber: o tom de voz, a inflexão, o ritmo, o sorriso, o olhar, os gestos, etc. Nossa comunicação pode ser dar em um nível racional: palavra-palavra; ou em um nível emocional: alma-alma.
Em nosso mundo empresarial moderno, tem-se valorizado muito a extroversão como aspecto principal da personalidade, inclusive promovido os mais extrovertidos. Comunicação não tem a ver com extroversão, apesar dos extrovertidos possuírem maior facilidade para desenvolver as técnicas por se permitirem mais a vivenciar o novo e a se arriscarem mais. Porém a Psicologia já sabe hoje que os introvertidos são tão ou mais importantes na organização e sociedade, afinal eles concluem mais, são mais objetivos e focados. 
O que precisamos desenvolver são os aspectos comportamentais e técnicos da comunicação que nos permitirão transmitir nossas ideias com segurança e assertividade. Os extrovertidos com seus pontos fortes e simpatia e os introvertidos com sua objetividade e foco. Para isso precisamos olhar para a própria palavra COMUNICAÇÃO, com outros olhos.
Se aprofundarmos o olhar sobre a própria palavra, encontraremos outras palavras escondidas dentro dela: Com, Comun, Única, Ação. Palavras chave que nos ajudam a encontra saída para o grande desafio que é a Comunicação Humana, já que o psicanalista francês Jacques Lacan dizia que é impossível a comunicação entre os seres humanos. Comunicação exige do Emissor, isto é, aquele que é responsável pela mensagem, uma capacidade de transmitir sua ideia através das Ações de suas palavras, voz e expressões corporais, afim de tornar comum para o público ou interlocutor, que dará àquela mensagem um sentido único, dado sua subjetividade única.
É claro que quando a Comunicação se dá entre duas pessoas em uma conversa informal sem grande expectativas por parte do receptor, não exige do emissor grande capacidade técnica ou comportamental. O desafio aparece quando somos exigidos pela vida, pessoal ou profissional, a apresentar nossas ideias para um público, que tem expectativas sobre nós. Ou você se comunica ou se trumbica, diria o velho chacrinha dos anos 1980.
Especialmente na organização pós-moderna, que vive imersa em um mundo cada dia mais tecnológico e mobilizado pela imagem, o profissional que busca se diferenciar nesse mercado, seja gestor, líder, ou profissional de qualquer área que pretende crescer na carreira, necessita desenvolver continuamente essa competência.
Comunicação Assertiva e de resultados vai exigir então do profissional o desenvolvimento de competências técnicas: voz, dicção, ritmo, entonação, respiração, expressões faciais, postura, gestual, aparência, tecnologias e recursos audiovisuais, técnicas de grupos, públicos, perfis de personalidades, etc. e também competências comportamentais: segurança, autoconfiança, autoestima, controle emocional, autoimagem, necessidade de reconhecimento, etc. 

A partir de conhecimentos da Psicanálise, Psicologia Positiva, Programação Neuro Linguística (PNL), Psicodrama e Técnicas de Coaching, já há algum tempo desenvolvemos pesquisas e trabalhos sobre o tema, e estruturamos diversas possibilidades para desenvolver suas equipes. Um caminho fascinante a se percorrer para aqueles que estão abertos a se aprofundarem nesse vasto universo que é a Comunicação.




 Moacir César de Borba Júnior
Psicólogo, Consultor Organizacional, Facilitador e Palestrante. Possui MBA em Recursos Humanos pelo INPG e Pós-graduando em Dinâmica dos Grupos pela SBDG. Consultor parceiro da Fundação Fritz Muller de Blumenau, Santa Catarina. Sócio Diretor da Addção Desenvolvimento de Pessoas, consultoria focada em Coaching, Treinamento e Desenvolvimento Comportamental de Equipes e Líderes, Diagnósticos Organizacionais e Estruturação e Mentoring nos Subsistemas de RH e Comercial.

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